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Prólogo 2 ...

 

São Petesburgo, Rússia, 3 de junho de 2014,

 

"Quando ela me beijou em frente à igreja da ressureição, com apenas as sete das cúpulas coloridas como testemunha e o canal Griboyedova a nossa esquerda, parecia mais aquela cena de filme em que a câmera gira em torno dos dois e compreende uma visão do lugar mais ampla do que apenas os 360 graus usuais. Era como se desse mais do que uma volta, duas, três, me perdi. Como se tudo que eu tinha visto não importasse mais, como se aquele ano que estava para acabar, e que foi incrível, não tivesse nenhum significado pra mim, como se não houvesse nada alem de nós. Era como se uma câmera subisse em um giro circular e mostrasse toda São Petesburgo que eu tinha conhecido nos últimos quatro dias e naquele momento tornava-se simplesmente mágica, talvez mais mágica que o sol da meia-noite presenciado a poucos momentos, tão mágica quanto a incerteza de que horas eram e a confusão que minha mente passava naquele ponto. Quando terminamos, nos olhamos e percebemos que a plenitude daquilo, talvez jamais se repetisse. Não pelas nossas diferenças geograficas ou culturais, mas quem sabe pelas nossas distâncias a partir do dia seguinte. A sensação de realizar um sonho tinha sido conhecida apenas quatro dias antes, e imaginada por muitos e muitos anos, mas a sensação que eu tinha apenas descoberto, nunca pude imaginar, seu nome era Ksu."

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