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Basquete, um elo social.

O amor pela "laranjinha" é antigo e os desejos de dominá-la também. Os primeiros lances aconteceram na minha adolescência no subúrbio de Alvorada e os primeiros tocos sociais vieram junto. Muitos jovens negros e um branco (eu) que tínhamos uma realidade apequenada pelo preconceito social de uma quadra em um bairro pobre, mas com sonhos do tamanho da NBA. O esporte sempre foi um link social e um dos elos mais forte desse link foi o basquete. 

A quadra, as tabelas, as marcações e até a bola laranja eram as mais humildes possíveis, mas as tardes de sábado e domingo eram intermináveis. A paixão influenciada pela NBA começou no final dos anos 90 e nosso heroi/Deus se chamava Jordan. O homem que voava. Um negro que mudou os parâmetros de todos os esportes, sim, todos. Não é estranho ouvir a expressão "O Michael Jordan do tênis", "O Michael Jordan do volei" ou "O Michael Jordan do futebol". Quem que ama basquete e não tem uma camisa do Chicago Bulls? Desconheço!  

Infelizmente tive de parar a prática do basquete por muito tempo. Os motivos foram os mais variados possíveis. Lesões, outros esportes, trabalho, estudo, etc. De uns tempos pra cá estive me culpando por ter feito tanta coisa na minha vida e ainda assim o basquete não ser uma delas. Enterrei minha culpa em janeiro de 2016 quando quase quinze anos depois voltei a jogar, obviamente com outra realidade agora. Os parceiros de adolescência já não figuram mais nas quadras agora da redenção ou do GNU. O que de fato ainda existe é a minha paixão pelo esporte e essa sim talvez esteja mais "on fire" como gostam de dizer os locutores quando a intensidade do jogo está muito alta. 

Das cestas de três às bandejas, vou levando essa vontade de jogar e apreciar o jogo como ninguém. De Larry Bird à Kyrie Irving esse torcedor do Celtics não para de sonhar, agora no Master é verdade, mas com uma vontade de guri.

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