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Amores Vespertinos

Atormentado por amores vespertinos, vou levando a minha vida num momento de turbulência. O sentimento de chegar tão perto e estar ao mesmo tempo tão longe daquilo que desejava de acordo com meus sentimentos, vai esvaindo como uma ampulheta, sem parar. Antes da areia chegar ao fim, já deveria estar devidamente conformado com minha provinciana realidade, ou quem sabe buscando já um provinciano amor substituto. Na verdade, não. Existem coisas insubstituíveis, segundo meu conservador e imediato código de conduta. Sim, ele existe. Talvez eu não tenha listado as regras, mas faço dele um apoio abstrato que as vezes nem sempre me salva. Confesso que as noites em branco recheadas de pensamentos sombrios e suposições de mal caráter vão compondo o enredo desse momento em questão. Trágico, sem mais. Me perguntaria qual o segmento viável a partir do momento atual, esquecer tudo que vive em relação ao amor ou sofrer cada lembrança como se fosse a pior de todas as dores? Vou aprender o que com isso? Qual o próximo passo? Fica fácil de descobrir, com um pouco de pressão, estou ainda olhando a areia escorrer, já sei: Vou ali viver e já volto.

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